O
Encontro do assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, John Bolton, com
Bolsonaro é cheio de simbolismo quanto à postura de submissão do novo governo à
superpotência
O assessor de
Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, virá ao Brasil na próxima
semana para uma reunião com Jair Bolsonaro, em mais um passo para a aproximação
entre o governo do presidente eleito e o de Donald Trump. A possibilidade de o
conselheiro, que é um dos principais auxiliares de Trump, fazer escala no
Brasil antes de seguir para Buenos Aires, no encontro do G-20, foi ensaiada nas
últimas duas semanas e anunciada nesta quarta-feira, 21, por Bolton no Twitter.
O encontro será no Rio de janeiro na quinta-feira, dia 29.
“Ansioso para
encontrar com o próximo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, no Rio, em 29 de
novembro. Compartilhamos muitos interesses bilaterais e trabalharemos de perto
para aumentar a liberdade e a prosperidade em todo o hemisfério ocidental”,
escreveu o assessor de Segurança Nacional.
O entorno de Bolsonaro já havia feito gestos de aproximação com os americanos durante a campanha eleitoral, em articulações informais feitas pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Em agosto, ele se encontrou com Steve Bannon, ex-estrategista de campanha de Trump.
Há expectativa
por parte do entorno de Bolsonaro sobre a presença de Trump na posse do
presidente eleito, em 1.º de janeiro, o que deve ser tratado com Bolton.
Durante os dois anos de mandato, Trump tem delegado à sua equipe, como o
vice-presidente Mike Pence, as visitas à América Latina.
Em discurso em
Miami no início do mês, Bolton disse que Bolsonaro seria um “aliado” contra
países com regimes de esquerda na América Latina. No mesmo discurso, ele chamou
Cuba, Venezuela e Nicarágua de “troica da tirania”.
Do UOL/ BLOG DA CIDADANIA
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