Bolsonaro chega de lancha à cerimônia de passagem do comando da Marinha


'Rigorosa prontidão'

Em seu primeiro discurso à frente da Marinha, o almirante Ilques mencionou a necessidade de uma "rigorosa prontidão do sistema de defesa" do país, a fim de preservar os interesses brasileiros em especial na área da costa chamada de "Amazônia Azul", rica em biodiversidade de espécies.
"Em tempos de guerra e paz é imperiosa uma rigorosa prontidão do sistema de defesa, o que envolve tanto as forças armadas quanto os demais seguimentos da sociedade brasileira", disse.
“Assim, as situações de conflito da atualidade recomendam a prontidão mencionada, sobretudo quando constatamos a magnitude das riquezas do Brasil”, afirmou o almirante.
Ilques apontou entre as suas prioridades no cargo está o avanço dos programas estratégicos da Marinha, como o desenvolvimento do submarino com propulsão nuclear. O almirante ainda assegurou que manterá esforços para a atuação conjunta com o Exército e Aeronáutica.
Ilques destacou no discurso o desejo de manter a "parceria" com a Marinha dos Estados Unidos (EUA), já que o Brasil esteve ao lado do país em guerras mundiais.
“Também menciono a presença do representante do almirante John Richardson, chefe de operações navais da marinha dos EUA, e do almirante Sean Buck, comandante da quarta esquadra e forças navais do comando do sul dos EUA. Estivemos juntos em três guerras mundiais (sic) e é essa parceria que estamos dando continuidade”, disse.

Estação Antártica

Em discurso na solenidade, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, ressaltou realizações de Leal Ferreira durante os quatro anos à frente da Marinha.
Fernando Azevedo e Silva citou entre as realizações do almirante a reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz, destruída por um incêndio em 2012 e com previsão de inauguração em março de 2019, além do avanço no programa de desenvolvimento de submarinos, com a conclusão em dezembro do primeiro dos quatro submarinos convencionais da iniciativa.
Azevedo e Silva ainda ressaltou o processo de ampliar a presença de mulheres em navios e unidades de fuzileiros navais, adotado durante a gestão de Leal Ferreira.

Despedida

No discurso de despedida, Leal Ferreira agradeceu ao trabalho de seus subordinados e aos ex-presidentes Dilma Rousseff e Michel Temer.
Segundo o agora ex-comandante, o atual século é chamado de “século azul”, no qual a “economia do mar cresce exponencialmente”. Ele citou a exploração de petróleo no mar e a movimentação de cargas nos portos como exemplos de atividades desenvolvidas no Brasil.
"Torna-se necessários cada vez mais manter a capacidade de defesa dos nossos interesses marítimos que, com certeza, serão desafiados", disse Leal Ferreira.
 O almirante Ilques Barbosa Junior durante solenidade de passagem de comando da Marinha no Clube Naval de Brasília — Foto: Marcos Corrêa/Presidência da RepúblicaO almirante Ilques Barbosa Junior durante solenidade de passagem de comando da Marinha no Clube Naval de Brasília — Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República O almirante Ilques Barbosa Junior durante solenidade de passagem de comando da Marinha no Clube Naval de Brasília — Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República

Novo comandante

Antes de assumir o comando da Marinha, o almirante Ilques, de 64 anos, estava à frente do Estado-Maior da Armada, órgão de direção geral da Força, que assessora o comandante da Marinha.
O novo comandante foi declarado guarda-marinha em 1976 e alcançou o posto de almirante de esquadra (oficial-general de quatro estrelas), o topo da carreira na Marinha, em novembro de 2014.
Ilques também foi diretor de Portos e Costas, comandante do Primeiro Distrito Naval, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha; e comandante do Controle Naval de Tráfego Marítimo.
Do G1

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