Brasileiros que participaram de um projeto de escaneamento da íris em troca de recompensas financeiras estão enfrentando sérias dificuldades para acessar o aplicativo World App, que gerencia o pagamento. Usuários relataram problemas com o suporte e a impossibilidade de resgatar as criptomoedas prometidas, levando muitos a questionarem a transparência do projeto. A iniciativa, que coletava a íris como forma de biometria avançada, teve suas operações suspensas no Brasil após determinação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).
A ANPD proíbe a World de remunerar novos participantes e exige que a empresa explique o uso dos dados coletados, apontando que muitos usuários não compreendem os riscos envolvidos. Especialistas em direito do consumidor alegam que a World fere direitos básicos ao não fornecer informações claras sobre o uso do aplicativo e os prazos para a transferência das criptomoedas. A falta de suporte efetivo, principalmente no aplicativo que apresenta falhas e uma interface confusa, contribui para a insatisfação dos usuários.
Vivian Caramaschi, uma das usuárias e que deveria ter recebido sua recompensa em novembro, não conseguiu acessar sua conta devido a problemas no aplicativo. Outros usuários também relataram situações semelhantes, com dificuldades para resgatar valores e um suporte ineficaz. A advogada Patrícia Peck ressaltou que a mistura de idiomas no aplicativo e a falta de clareza na comunicação são violações à legislação brasileira de proteção ao consumidor.
Por fim, a World confirmou que não tem como quantificar o número de participantes afetados, alegando que o processo é anônimo. Especialistas alertam que os usuários prejudicados podem buscar a invalidação do contrato com a empresa, e a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) está analisando as denúncias. A situação levanta preocupações sobre a eficácia do projeto e a segurança dos dados pessoais envolvidos.
Fonte b: Portal do Holanda