Numa
rotina entre treinos e o trabalho como sorveteiro, o atleta se prepara para dar
os primeiros passos rumo ao grande sonho no próximo sábado (3), quando disputa
o cinturão na categoria galo do Manaquiri Fight Champioship. Barrosinho, como é
conhecido, encara o coariense Isaías Silva no duelo que antecede a luta
principal, marcada para começar às 19h, no ginásio José Lins Caldeirão.
A
origem de Luis Henrique é bastante humilde. Nascido na comunidade do Barroso,
povoado no interior de Manaquiri que deu nome ao seu apelido, o atleta veio de
uma família que tinha a roça como única fonte de renda. Morando com seus pais e
avós, Barrosinho conta que sua infância foi sofrida.
“Era
muito difícil. Trabalhávamos na roça arrancando batatas, macaxeira, melancia e
outras coisas, debaixo do sol quente. Na época da seca, tínhamos que andar seis
quilômetros para ir à escola”, conta Barrosinho.
Se já
era complicado para Luís, a situação ficou pior quando o lutador recebeu a
notícia do falecimento da mãe Gracilene, vítima de derrame com apenas 30
anos de idade.
“Foi a pior coisa que aconteceu na minha vida.
Minha mãe era tudo pra mim, morreu muito nova e eu sofri bastante. Sei que ela
está num lugar melhor, mas faz muita falta ainda”, comenta Luis, que tinha
apenas 11 anos de idade quando perdeu a mãe.
Com a
ajuda do pai e dos avós paternos, Henrique conseguiu atravessar o momento difícil
após a morte da mãe e concluiu os estudos. Foi aí que as artes marciais
apareceram no caminho do amazonense.
“Conheci
o projeto de lutas do mestre Ed Gorila e comecei a gostar dos treinos. Ai
recebi a oportunidade e ele me acolheu muito bem”, conta Luis, que ingressou na
academia Ed Gorila Team, filial da Kratus, aos 18 anos.
Com a
expectativa de conquistar seu primeiro cinturão, Barrosinho está confiante na
vitória diante do adversário. “Tive um mês de uma preparação intensa, treinando
três vezes por dia e espero mostrar que tenho potencial para vencer, que posso
acreditar nos meus sonho e de um dia chegar ao UFC, se Deus quiser”, acredita.
Vende
sorvete com o pai
Para
custear seus gastos, o lutador Luis Henrique ajuda o pai vendendo sorvete na
praça central de Manaquiri. Numa máquina do tipo expresso, da própria família,
o atleta oferece o gelado pela manhã e à tarde, já que à noite vai para a
academia. Segundo Luis, o “bico” garante R$ 100 a R$ 120 por dia.
Fonte: ACritica
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