Crime na Amazônia: Por dentro de um pelotão especial de fronteira do Exército
VEJA acompanhou patrulha de militares na chamada Rota Solimões, caminho controlado pelo Comando Vermelho por onde passam toneladas de cocaína rumo à Europa
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O primeiro tenente Leonardo Farias, do 2º Pelotão Especial de Fronteira Ipiranga, patrulha o rio Içá, na Amazônia (Bruno Kelly/VEJA) |
Segundo a revista VEJA, cerca de 45 minutos de helicóptero separam a cidade de Tabatinga, na Tríplice Fronteira Amazônica, da pequena comunidade de Ipiranga, às margens do Rio Içá, na divisa do Brasil com a Colômbia e o Peru. Naquela região, de condições sanitárias precárias, o Exército é o único sinal de que o Estado talvez exista para as 350 pessoas que vivem em palafitas e barracos improvisados. É véspera de Páscoa, e muitas das crianças do vilarejo vão receber um bombom de chocolate pela primeira vez na vida depois de uma campanha de arrecadação de Ana Ribeiro, esposa do comandante do 8º Batalhão de Infantaria de Selva, lotado a 147 km de distância.
A rotina dura, sem fonte de renda fixa ou qualquer perspectiva de ascensão social, catalisa as possibilidades de o crime organizado cooptar os moradores da região. De posição estratégica para que colombianos e peruanos, os dois maiores produtores de cocaína do mundo, transportem os entorpecentes Brasil adentro até a exportação para a Europa, Ipiranga é guarnecida pelo 2⁰ Pelotão Especial de Fronteira (PEF) do Exército, um conjunto de militares que se desdobra para vigiar as fronteiras do país, fazer as vezes da polícia na divisa do Brasil com seus vizinhos e combater o narcotráfico e o comércio de animais silvestres que teimam em utilizar o Içá como rota de todo tipo de ilícito.
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Comandante Ribeiro Junior, do 8º Batalhão de Infantaria de Selva, em patrulha na região de Ipiranga (Bruno Kelly/VEJA) |
Ipiranga é também um dos mais de 20 pelotões especiais de fronteira do Exército e conta com metralhadoras belgas Mag 762, utilizadas pelas Forças Armadas brasileiras desde os anos de 1960, e pelas temidas .50, que pelo poder de fogo são capazes de furar blindagens e jogar um helicóptero no chão. Pela alta capacidade destrutiva, as .50 são hoje também utilizadas por criminosos na chamada Rota Solimões, que como mostra a edição de VEJA que chega neste fim de semana às bancas e plataformas digitais, é um dos caminhos mais lucrativos para traficantes escoarem toneladas de pó em direção à Europa.
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